Micro e pequenas empresas lideram pedidos de recuperação judicial e falência e números aumentam

Estagnação econômica do país e a inflação e juros altos influenciam na alta da inadimplência

O número de pedidos judiciais cresceu 87,3% em fevereiro quando comparado com o mesmo período do ano anterior. O dado, mostrado pelo Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, mostrou que o maior movimento foi feito por micro e pequenas empresas.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a estagnação econômica do país, combinada com a inflação e juros altos, influenciam diretamente na alta da inadimplência, tanto para empresas como para consumidores. “No caso dos empreendimentos, por acumularem uma quantidade enorme de dívidas, acabam entrando em risco de insolvência e alimentando as estatísticas de falências e de recuperações judiciais”.

O setor que mais demandou a recuperação judicial foi o Comércio, com 36 pedidos. Depois estão as empresas de Serviço, com 33 requisições, seguidas pelas Indústrias (21) e Setor Primário (13).

Falências

As solicitações de falências também cresceram, passando de 62 pedidos em fevereiro de 2022 para 86 no mesmo mês deste ano, o que demonstra um aumento de 38,7%. Mais uma vez as micro e pequenas empresas lideram o ranking, com 50 solicitações. As grandes vieram a seguir, com 19 requerimentos, já as médias registraram 17.

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais é construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de falências (requeridas e decretadas) e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da Serasa Experian, provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados. O indicador é segmentado por porte.

Fonte: Administradores

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