Em recuperação judicial, Renova Energia (RNEW4) vê lucro disparar mais de 300%

A Renova Energia (RNEW4), empresa de geração de energia elétrica renovável, fechou o quarto trimestre de 2022 (4T22) com um lucro líquido de R$ 750,2 milhões, crescimento de 368,3% ante o mesmo período de 2021. O negócio encontra-se em recuperação judicial desde 2019.

“O lucro líquido no trimestre foi positivo em R$ 750,2 milhões, decorrente da reversão da provisão do valor recuperável do Complexo Eólico Alto Sertão III. No ano, o lucro líquido foi de R$ 777,1 milhões superior ao ano anterior em R$ 30,7 milhões”, destacou a empresa no balanço do 4T22, apresentado ao mercado na terça (29).

Por volta das 11h43 do Ibovespa hoje, as ações da Renova Energia eram negociadas em alta de 11,69%, ao preço de R$ 1,72. Como são papéis com valores baixos na Bolsa, qualquer oscilação positiva ou negativa torna-se acentuada em números porcentuais.

O balanço da Renova Energia no 4T22 conta com os seguintes números:

  • Receita operacional líquida (ROL): R$ 64,072 milhões (alta de 111,9% ante 4T21);
  • Lucro bruto: R$ 12,580 milhões (alta de 68% ante 4T21);
  • Lucro líquido: R$ 750,283 milhões (alta de 368,3% ante 4T21).
Renova Energia: Fim da recuperação judicial?

A empresa protocolou o pedido de recuperação judicial em dezembro de 2019, com dívidas na ordem de R$ 3,1 bilhão — R$ 1 bi apenas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Com um cenário macroeconômico desafiador e instável, alcançamos a meta de cumprir os marcos previstos no Plano de Recuperação Judicial da Companhia, e como reflexo do projeto de reestruturação e soerguimento do Grupo Renova, terminamos 2022 com a entrega de um Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1.056 milhões, lucro líquido de R$ 777 milhões e uma receita operacional líquida de R$ 206,4 milhões”, ressaltou a empresa no documento disponível na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A recuperação judicial faz parte da nossa reestruturação e tem por objetivo recuperar a saúde financeira da companhia, bem como preparar uma base sólida e dar segurança para permitir o crescimento sustentável para os próximos anos, com foco na rentabilidade dos negócios, tendo como base o pressuposto da continuidade.

“Encerramos o ano com uma companhia mais consistente, enxuta e robusta, com resultados ainda mais positivos e uma redução de 50% do seu endividamento em relação ao ano de 2021. Isso permite que possamos nos planejar para o futuro, mirando novas iniciativas de crescimento, embasadas em premissas que permitirão seguir a evolução e o potencial da geração de energia a partir de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira”, complementaram os executivos.

De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da Renova Energia apresentam uma queda de 18,63%.

Fonte: Suno

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