Coxa consegue resultados positivos por conta da entrada na Recuperação Judicial, venda de Igor Paixão e permanência na Série A. Coritiba deve virar SAF nesta temporada
O Coritiba apresentou um lucro de R$ 60,7 milhões em seu balanço financeiro de 2022, divulgado na noite de quinta-feira. É o segundo superávit seguido do Coxa e o maior da história do clube.
O Alviverde ainda teve uma redução da dívida geral: de R$ 268 milhões para R$ 185 milhões. Como o Coritiba terminou a temporada anterior com R$ 34,4 milhões em caixa, o débito alviverde fechou o ano em R$ 150,6 milhões. No mês passado, o Conselho Deliberativo já havia aprovado as contas.
Os principais motivos do superávit e da queda da dívida se dividem em duas questões. A primeira foi a Recuperação Judicial, que renegociou R$ 120,2 milhões em pendências trabalhistas e cíveis. O planejamento é de pagamento em 12 anos, com descontos de até 75%.
- Classe I: R$ 50.296.898 – composta por 210 credores;
- Classe III: R$ 64.048.626 – composta por 99 credores;
- Classe IV: R$ 5.892.393 – composta por 115 credores;
A outra explicação é a venda do atacante Igor Paixão para o Feyenoord, da Holanda, por oito milhões de euros (R$ 41,6 milhões, na cotação da época) – é a maior transferência do clube. O Coxa negociou 80% e permaneceu com 20% dos direitos econômicos.
A receita alviverde total subiu de R$ 80 milhões para R$ 156,2 milhões em 2022, assim como o gasto no departamento de futebol: R$ 51,5 milhões para R$ 84,1 milhões. As categorias de base consumiram R$ 7,9 milhões.
Esses incrementos também se devem ao ganhos com a permanência na Série A e a classificação para a terceira fase da Copa do Brasil. Os direitos de televisão, contudo, tiveram uma queda: R$ 56,1 milhões para R$ 49 milhões.
Outro fator importante foi atingir a marca de 40 mil associados pela primeira vez – a receita do programa de sócio-torcedor aumentou de R$ 8,5 milhões para R$ 22,1 milhões. Já a verba de patrocínio mais que dobrou: de R$ 6 milhões para R$ 15,8 milhões.
Por fim, o Coritiba teve um empréstimo de R$ 22,4 milhões com o banco brasileiro BMP Money Plus, conforme o ge havia adiantado em maio de 2022 – o pagamento tem que ocorrer até o final deste ano. Por outro lado, o clube pagou R$ 4 milhões em financiamentos, que somavam R$ 14 milhões no ano passado.
SAF
A partir deste ano, até o final do primeiro semestre, o Coxa deve passar a gestão para a Treecorp em caso de aprovação dos Conselhos. A investidora negocia a compra de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Nesta semana, o presidente Glenn Stenger citou que a venda vai ser determinante para mudar o patamar financeiro do Coritiba. Ele chegou a dizer que “Esse é o momento que vai mudar a história do clube”.
Fonte: Globo Esporte