Dívida da Americanas, reportada em seu pedido de recuperação judicial, é de R$ 43 bilhões
Em um ritmo intenso de reuniões ao longo das últimas semanas, a Americanas e seus credores estão avançando nos termos do acordo que poderá encerrar um dos maiores litígios da história corporativa brasileira. No atual desenho, que ainda está em discussão, os credores — grupo que inclui os bancos, debenturistas e detentores de dívida externa (os “bondholders”) — receberão uma parte do valor devido à vista, outra em novas debêntures (títulos de dívidas) e a última em ações, apurou o Valor com fontes a par do assunto.
Essa possibilidade, em um modelo muito mais complexo, não estava prevista na proposta anterior, a qual foi anexada ao plano de recuperação judicial entregue em março. A dívida da Americanas, reportada em seu pedido de recuperação judicial, é de R$ 43 bilhões.
Pelo que está na mesa neste momento, na primeira etapa do processo está a realização de um leilão para a compra de parte das dívidas. Nesse certame, já está estabelecido que o desconto mínimo será de 70%. O leilão começa com quem aceitar um desconto maior, e receber, assim, menos. Pela lógica, quanto maior for a demanda, maior o desconto. Nesse passo, o credor que se dispuser a participar poderá vender toda sua exposição em Americanas. A expectativa, segundo fontes, é de que esse leilão atraia principalmente os debenturistas e “bondholders”.
Fonte: Valor Investe