A Americanas (AMER3) deve fechar acordo com os sete bancos credores e debenturistas em um prazo de 30 a 60 dias, segundo o colunista d’O Globo, Lauro Jardim. O negócio referente à recuperação judicial da varejista já está encaminhado.
Nas últimas semanas, a companhia teve uma série de reuniões com os credores para encerrar a disputa judicial, após anunciar dívida de R$ 43 bilhões.
No atual desenho do acordo, os credores da Americanas receberão parte do valor devido à vista, outra em títulos de dívidas — novas debêntures — e, por fim, em ações.
Segundo o Valor Econômico, a primeira etapa do processo conta com um leilão para a compra de parte das dívidas. Já o segundo, entra para equacionar o restante das dívidas após o leilão.
O acordo ainda está em fase de estudos.
O rombo fiscal da Americanas
Em 11 de janeiro, o ex-CEO da Americanas, Sérgio Rial, afirmou ter encontrado “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços corporativos da companhia no valor de aproximadamente R$ 20 bilhões.
Segundo a varejista, o rombo foi causado principalmente por dívidas com bancos em operações de risco sacado.
Oito dias após o anúncio, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial da Americanas. A companhia alegou ter dívida R$ 43 bilhões com 16,3 mil credores.
No fim de março, a varejista apresentou um plano de recuperação, que inclui a venda de ativos, leilão reverso, conversão de dívidas em ações e o aporte de R$ 10 bilhões. O processo segue em vigor.
Fonte: Money Times