Ao protocolar o pedido de recuperação judicial na semana passada, a Light (LIGT3) se juntou as outras 382 companhias que fizeram a requisição até abril deste ano.
Só no mês passado, foram registrados 93 pedidos de recuperação no Brasil, aponta o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian. O número representa um aumento de 43,1% em comparação com o mesmo período de 2022.
As micro e pequenas empresas lideraram, com 64 solicitações, seguidas pelos médios negócios, com 18, e os grandes, 11. Por setor, o de serviços foi o que mais demandou por recuperação judicial, com 39 pedidos, 11 a mais que em 2022. O comércio ficou em segundo lugar e, em sequência, aparecem a indústria e o setor primário.
Os pedidos de falência também registraram alta em abril deste ano. A expansão foi de 12,3%, aumento de 81 para 91 na comparação anual.
O cenário de inadimplência das empresas brasileiras está diretamente ligado ao aumento dos índices, explica o economista da Serasa, Luiz Rabi. Para ele, o constante crescimento da lista de companhias negativadas mostra que “a instabilidade econômica ainda é um desafio para os empreendedores”.
“Abalados financeiramente, é inevitável que muitos acabem recorrendo aos processos de recuperação judicial para tentar renegociar e evitar a falência, ainda que alguns acabem tomando esse fim de qualquer modo”, diz.
Fonte: Money Times