O Grupo Oncoclínicas comprou, por R$ 350 milhões, a participação da Unimed-Rio no Centro de Excelência Oncológica S.A. (Ceon), na Barra da Tijuca, e no Hospital Marcos Moraes (HMM), no Méier, ambos especializados no tratamento de câncer.
Desde 2013, a Oncoclínica – que é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – mantinha uma joint-venture com a cooperativa carioca focada no tratamento ambulatorial oncológico e de síndromes inflamatórias imuno-mediadas.
Agora, no entanto, a Oncoclínicas passa ter 100% do capital social total de ambos negócios.
Em nota, a Unimed-Rio explica que “a operação é parte do processo de reestruturação econômico-financeira da cooperativa e segue condições do Termo de Compromisso firmado com a ANS e demais órgãos públicos, que prevê a venda de ativos como forma de buscar o reequilíbrio financeiro.”
Já o Grupo Oncoclínicas destaca que a transação permitirá a Oncoclínicas “avançar em sua agenda de otimização fiscal, na medida em que passará a deter 100% de mais duas subsidiárias operacionais.”
O pagamento será feito com recursos próprios em três parcelas anuais. Apesar do fim da join-venture, foi firmado uma extensão do Acordo de Parceria entre Ceon e a Unimed-RJ por mais três anos, que pode ser renovado por até 25 anos, que garante prioridade aos usuários do plano de saúde da cooperativa.
Juntos, Ceon e o Hospital Marcos Moraes somam 95 leitos (internação e CTI), 12 unidades exclusivas para quimioterapia, cinco salas cirúrgicas e um centro de imagem exclusivos para o tratamento de pacientes oncológicos.
A Oncoclínicas conta com seis cancer centers operacionais no Brasil, localizados nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Estão em construção outros dois cancer centers: um em São Paulo e outro em Goiás.
No ano passado, o grupo atendeu aproximadamente 44 mil pacientes no Rio de Janeiro e realizou mais de 500 mil tratamentos nas 35 cidades em que atua em todo o Brasil.
No início deste mes, a Oncoclínicas anunciou uma parceria com o Grupo Santa Lúcia, no Distrito Federal, por meio da qual, as companhias passam a deter uma infraestrutura combinada de 26 unidades ambulatoriais, quatro hospitais de alta complexidade e 2 centros de imagem. O fechamento da operação está sujeito à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).