Americanas (AMER3): Acordo pode sair até junho; varejista quase recebeu R$ 2,5 bi

A crise da Americanas (AMER3) pode estar caminhando para o fim. Segundo informações divulgadas nesta quarta (17) pela Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de São Paulo, advogados e bancos trabalham com a previsão de que a negociação seja finalizada até o começo de junho. Antes desse acerto final, algumas gestoras se uniram e tentaram criar um fundo de R$ 2,5 bilhões para ajudar a varejista.

Segundo as informações publicadas pela coluna, essa operação desenhada pelas gestoras Lumina, Jive, Strata Capital, Prisma e BBM Bocom seria um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) que usaria como garantia as vendas a cartão de crédito na varejista, o que têm um baixo risco. Como essa operação seria um crédito novo, ela estaria fora da recuperação judicial da Americanas.

Porém, o projeto não saiu do papel por causa do desconforto que seria causado durante a briga entre bancos credores versus os acionistas de referência da Americanas – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

Fontes da coluna detalharam que existia a possibilidade do trio participar do fundo, o que aumentaria o risco de um novo “tiroteio” dos bancos. Outra fonte argumentou que havia uma sinalização de um forte interesse de investidores estrangeiros nesse fundo, o que gerou uma desconfiança de que houvesse uma participação disfarçada de Lemann, Telles e Sicupira na operação.

Em nota enviada à Coluna do Broadcast, a Americanas disse que segue negociando com os credores e que prospectou diversas opções para garantir liquidez de curto prazo ao negócio.

“O financiamento DIP, oferecido pelos acionistas de referência e confirmado em fato relevante de 09 de fevereiro de 2023, foi a modalidade considerada a melhor alternativa porque, além de não demandar nenhum tipo de garantia, oferecia o menor custo para a Americanas”, comentou a empresa.

Fonte: Suno

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