Americanas: comissão do Senado aprova convite a ex-integrantes da empresa para discutir dívidas

Entre convidados pela Casa estão ex-diretores e ex-CEO da empresa. Empresa soma débitos estimados em R$ 43 bilhões e entrou com pedido de recuperação judicial.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (14) um convite para que ex-integrantes das Lojas Americanas prestem esclarecimentos sobre as dívidas da empresa. A empresa soma débitos estimados em R$ 43 bilhões e entrou com pedido de recuperação judicial (veja detalhes abaixo).

Por se tratar de convite, as pessoas não são obrigadas a comparecer – haveria a obrigatoriedade se o requerimento aprovado fosse de convocação.

O requerimento prevê o convite a:

  • Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez;
  • Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora das Americanas S/A;
  • José Timotheo de Barros, ex-diretor das Americanas S/A;
  • Marcio Cruz Merelles, ex-diretor das Americanas S/A;
  • Sergio Rial, ex-CEO das Americanas S/A;
  • Isaac Sidney Menezes Ferreira, presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban);
  • João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Problemas nas Americanas

Em janeiro deste ano, o então presidente da Americanas, Sergio Rial, e o então diretor de relações com investidores da empresa, André Covre, renunciaram aos cargos após após a descoberta de “inconsistências em lançamentos contábeis” no valor de R$ 20 bilhões.

Entre as irregularidades encontradas, estavam operações de financiamento de compras que não estavam “adequadamente refletidas” nas contas de fornecedores, vistas nas demonstrações financeiras do terceiro trimestre do ano passado.

Posteriormente, foi descoberto que a dívida total da empresa é de R$ 43 bilhões, e a rede de empresas acabou entrando com um pedido de recuperação judicial. O caso fez com que as ações das Americanas caíssem 80% na bolsa de valores.

Terceirizados

No mês passado, a Americanas informou que não iniciou processo de demissão de funcionários, mas que, diante do pedido de recuperação judicial, interrompeu a execução de alguns contratos com empresas terceirizadas.

A empresa também informou na ocasião que o objetivo da recuperação judicial é “garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia”, mas acrescentou que “reestruturações” podem ser feitas.

Fonte: G1

Rolar para cima
Rolar para cima