A novela em torno da Oi (OIBR3) ganha um novo e inusitado capítulo na Justiça. Segundo informações divulgadas pela coluna do jornalista Lauro Jardim, do O Globo, o Itaú (ITUB4) entrou com uma ação judicial contra a venda da infraestrutura de cabos de rede desativados, itens que a empresa telefônica classifica como sucata.
De acordo com a coluna, a ação foi protocolada na semana passada na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Os advogados do Itaú afirmam que para a efetivação dessa venda a Oi deveria ter pedido autorização à Justiça, o que não ocorreu.
Os advogados também dizem que o administrador judicial da recuperação da Oi “não se pronunciou em nenhum momento acerca da intenção da empresa dar tais cabos em pagamento sem prévio pedido de autorização judicial ou mesmo sobre a possibilidade de tal acordo ser celebrado”
Além disso, a ação pede para que a Oi demonstre, “de forma clara e precisa, em que fase se encontram as tratativas com a V.Tal relacionadas à dação em pagamentos dos cabos de rede”. O banco solicita que a empresa apresente um laudo de avaliação do preço desses cabos.
O Suno Notícias questionou a Oi sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação do conteúdo.
Oi: Nova recuperação judicial
Atualmente, a empresa protagoniza sua segunda recuperação judicial. Com isso, a apresentação dos números do balanço do quarto trimestre de 2022 foi adiada duas vezes e, atualmente, está marcada para 22 de maio.
Nos últimos doze meses, as ações da Oi apresentaram uma queda de 86,71%, de acordo com o mapeamento do Status Invest.
Com o novo adiamento do balanço, a empresa antecipou alguns números referentes ao quarto trimestre de 2022 e ao ano passado como um todo:
- Receita líquida consolidada: R$ 2,618 bilhões no 4T22; R$ 12,490 bilhões em 2022.
- Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina: R$ 320 milhões no 4T22; R$ 2,148 bilhões em 2022.
- Posição de caixa: R$ 3,223 bilhões em 2022.
A Oi ressaltou que os dois primeiros indicadores correspondem apenas à operação brasileira e que as informações “são preliminares e ainda não foram concluídos os trabalhos conduzidos pela administração e pelos auditores independentes”.
Fonte: Suno