Com dívida de R$ 35,5 milhões, CR Diementz entra em recuperação judicial

Rede gaúcha já teve 80 filiais e atualmente está com 42 lojas

A CR Diementz entrou em recuperação judicial por conta de uma dívida de R$ 35,5 milhões com fornecedores, trabalhadores e aluguéis das lojas. O pedido feito pela rede gaúcha de varejo com foco em móveis e eletroeletrônicos já foi autorizado pela Justiça, segundo noticiou a GaúchaZH.
No pedido, a empresa alega que a crise financeira foi provocada pela pandemia, que reduziu o fluxo de clientes enquanto custos fixos se mantiveram, como com trabalhadores e impostos. Alguns fornecedores deixaram de entregar mercadorias por conta da dívida.

“Referido passivo implicou no não recebimento de mercadorias para proceder com suas respectivas vendas. Sem a posse dos produtos para comercialização, o faturamento da autora acaba por enfrentar uma brusca queda e cria-se um efeito ‘bola de neve'”, diz trecho do pedido de recuperação judicial.

Em nota enviada à GaúchaZH, o advogado que representa a empresa, Cesar Carrera, disse que a ideia é dar continuidade às atividades enquanto faz a reestruturação do negócio. Inicialmente, foi também pedida recuperação judicial para a Comércio de Salvados Portão, da qual é dona, mas a Justiça entendeu que somente a CR Diementz apresentou as dificuldades financeiras, indeferindo o outro pedido.

“…em que pese se trate de empresa consolidada no mercado há mais de 20 (vinte) anos – muito superior ao tempo médio de vida das empresas em território nacional – a crise se instaurou no mercado, fazendo com que a autora enfrentasse dificuldades para adimplir com seu passivo”, traz outro trecho do pedido protocolado.
Fundada em 2000, A CR Diementz tem hoje 42 lojas e 305 funcionários diretos, além de outros 80 indiretos. No passado, chegou a ter mais de 80 filiais com mais de 600 trabalhadores, mas, nos últimos anos, fechou as “não lucrativas”.

Com a recuperação judicial, ações de cobrança, por exemplo, são suspensas, assim como serviços essenciais à operação da empresa não podem ter o fornecimento interrompido, como energia elétrica. A empresa tem um prazo para apresentar um plano de reestruturação financeira para ser votado pelos credores.

Fonte: Portal de Notícias

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