Com R$ 20 milhões em dívidas, despejo da Livraria Cultura é irreversível

A empresa se mantém funcionando graças a uma decisão judicial provisória que suspendeu um decreto de falência

A Livraria Cultura, cuja unidade no Conjunto Nacional é considerada um ponto turístico de São Paulo, corre o risco de despejo. Atualmente, a empresa deve R$ 20 milhões ao dono do imóvel, referentes a débitos com aluguéis vencidos, condomínio e IPTU.

A informação é do escritório Mazetto Advogados, que representa o grupo empresarial Bombonieres Ribeirão Preto, e foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo na segunda-feira 13.

“Além do decreto de falência, a Livraria Cultura está com o despejo decretado e para ser realizado”, informou a nota, assinada pelo advogado José Roberto Mazetto. “Apenas não logramos efetuá-lo em razão de decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que determinou antes da execução — já decorreu o prazo para desocupação voluntária — que fosse ouvido o meritíssimo juiz da recuperação judicial”, escreveu.

“O juiz optou pelo decreto da quebra, o que resultaria no mesmo efeito de desocupação. Como agora voltou a ser recuperação judicial, reiteramos o pedido de autorização para a realização de despejo.”

O advogado afirmou ainda que a decisão de despejar a Livraria Cultura é “irreversível, sem possibilidade de acordo”, uma vez que os proprietários do imóvel estão descontentes com os descumprimentos de acordos firmados com o grupo.

Recuperação judicial

A livraria enfrenta, desde o fim de 2018, um processo de recuperação judicial e se mantém funcionando graças a uma decisão judicial provisória que suspendeu, no mês passado, um decreto de falência da empresa.

Sérgio Herz, presidente da Cultura, nega que o diálogo com o proprietário tenha chegado ao fim e afirma que ainda há possibilidade de acordo, que, segundo ele, interessa aos dois lados.

Fonte: Revista Oeste

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