Credores serão pagos imediatamente e projetos da empresa continuarão sendo executados
O Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) homologou o plano de recuperação judicial da empresa de engenharia Endicon. A proposta já havia sido apresentada e aprovada em assembleia geral de credores em março passado. Com o plano em vigência, serão quitados todos os débitos adquiridos nos últimos anos, assim como serão mantidos todos os 1.690 empregos diretos vinculados à empresa.
De acordo com o advogado Renan Gama Malcher, que representa a Endicon nesse processo, o pagamento dos débitos ocorrerá imediatamente por meio da cessão de direitos creditórios de recuperação judicial em que não incide deságio. Para isso, os credores precisam informar seus dados para os contatos que constam na ação judicial e aguardar a liberação. Já quem optar por outra forma de pagamento deve aguardar até cinco anos. No entanto, nessa modalidade ocorre uma desvalorização dos recebíveis.
Ainda segundo o advogado, a homologação é um marco importante, pois reconhece o compromisso da empresa com o mercado e a sociedade sob os olhos da justiça. Com matriz no Pará, a Endicon atua em todas as regiões do Brasil, com projetos nas áreas de energia elétrica, mineração, petrolíferas, administração pública, entre outras.
“O principal contrato é executado atualmente na região de Castanhal, ou seja, a empresa está em pleno funcionamento e com o plano de recuperação judicial aprovado pode concorrer de igual para igual com as demais”, explica o advogado, ressaltando que as medidas adotadas pela administração judicial do Dr. Marcelo Souza possibilitam inclusive a expansão das atividades no futuro.
“O plano permitiu que os credores analisassem a viabilidade da empresa e deram seu aval para que aquela atividade econômica continue a ser exercida. Com a chancela dos credores que repactuaram as dívidas, o foco passa a ser a manutenção dos empregos já gerados e a geração de novos, bem como o crescimento a médio e longo prazos, o que significa recuperação da capacidade de investimento e estabelecimento de novos contratos”, afirma Renan Gama Malcher.
Fonte: O Liberal