Tok&Stok põe o pé no acelerador para fechar lojas durante crise financeira

Em meio a uma crise financeira, a Tok&Stok decidiu colocar o pé no acelerador no seu plano de fechamento de lojas. A empresa confirmou o encerramento de duas unidades em Fortaleza (CE) e deve finalizar outra operação em Porto Alegre (RS).

Ao Bloomberg Línea, a empresa de móveis confirmou o fim dessas unidades no Ceará. Além disso, fontes do veículo destacaram que os fechamentos devem ocorrer até o fim deste mês e que outra unidade em risco é a do Praia de Belas Shopping, localizado na capital gaúcha.

Os resultados da Tok&Stok de 2022 ainda não foram divulgados. Contudo, estima-se que a empresa tenha uma dívida de R$ 600 milhões.

Em fevereiro, a empresa contratou a consultoria Alvarez & Marsal para formalizar uma reestruturação financeira e, segundo uma fonte da Bloomberg Línea, a alternativa de um pedido de recuperação judicial não está descartada.

Procurada pelo veículo, a empresa disse que não se manifestará sobre o tema.

Após calote, Tok&Stok paga R$ 2 milhões para FII

Em crise financeira, a varejista de móveis depositou em juízo R$ 2.092.178,01 referentes ao aluguel vencido em fevereiro de 2023 do empreendimento Extrema Business Park I, imóvel que integra o portfólio do fundo imobiliário VILG11. Com esse pagamento, os administradores do FII pretendem encerrar a ação de despejo contra a empresa.

“No dia 27 de março de 2023, o fundo pediu o imediato levantamento dos valores que estão depositados na conta judicial. Após o levantamento dos valores depositados em Juízo, o fundo solicitará o encerramento formal da ação de despejo”, destacaram os gestores do VILG11 em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“Vale ressaltar que a Tok&Stok pagou o aluguel de fevereiro, que tinha vencimento no dia 6 de março de 2023 e que, com o pagamento do valor referente ao aluguel de janeiro, encontra-se adimplente no contrato de locação. A apólice de seguro de fiança locatícia segue vigente com o valor de garantia equivalente a 12 meses de aluguéis”, complementaram os administradores do fundo imobiliário.

Uma das hipóteses do mercado para a crise na Tok&Stok é de que a empresa teria feito um grande estoque para o Natal e não consegiu desová-lo como planejado, desorganizando o capital de giro. Todo o segundo semestre de 2022 foi de vendas baixas para as varejistas de modo geral. O setor vem de dois anos de dificuldades, com o salto dos juros em um momento de alto endividamento após a pandemia de Covid-19.

Fonte: Suno

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