Tribunal de Justiça de Pernambuco aceita pedido de recuperação judicial do Náutico em definitivo

Em fevereiro, Timbu já havia obtido uma medida cautelar, mas ainda aguardava aprovação do Conselho Deliberativo; com isso dívidas e leilões de bens do clube estão suspensos

O Tribunal de Justiça de Pernambuco deferiu nesta terça-feira, de forma definitiva, o pedido de Recuperação Judicial solicitado pelo Náutico. Em fevereiro, o clube já havia obtido uma a medida cautelar favorável, uma vez que o processo ainda faltava passar pelo Conselho Deliberativo, onde foi aprovado por unanimidade. A decisão está assinada pelo juiz Nehemias de Moura Tenório.

Na segunda-feira, o TJPE também já havia acatado o pedido do rival Sport para entrar com a Recuperação Judicial do clube.

Com a decisão da Justiça, todas as execuções cíveis e trabalhistas contra o Náutico serão suspensas por 180 dias – assim como leilões referentes à imóveis do clube, como a sede social e a garagem de remo, por exemplo.

A recuperação judicial é um meio utilizado por empresas para evitar que elas sejam levadas à falência, renegociando dívidas e preservado os ativos. No caso de um clube de futebol, também consiste em um passo para a constituição de SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

Durante esse período, o Náutico terá que modular um plano de pagamento para os seus credores, especificando as medidas de recuperação a serem empregadas, quanto de deságio sofrerá a dívida, além de detalhar a viabilidade econômica do projeto.

Também é obrigado a apresentar um laudo financeiro de avaliação de seus bens e ativos e a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto durar a Recuperação Judicial.