Troca de comando da Telebras agita ainda mais os bastidores de Telecom

O presidente da Telebras, Jarbas Valente, deverá ser comunicado nesta terça-feira, 09/05, em uma audiência que terá com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que está sendo exonerado do cargo. Para o lugar dele já foi escolhido o nome de Frederico de Siqueira Filho, que é Diretor de Vendas Corporativas da Oi Soluções. O nome de “Fred” – como é conhecido no setor de telefonia – já foi encaminhado ao Comitê de Elegibilidade da Telebras. Falta também ser homologado pelo Conselho de Administração da estatal. A informação é do blog Capital Digital.

A mudança de comando da Telebras – que saiu da lista de privatização e está sendo fortalecida no Governo Lula, tanto que será responsável pela gestão da rede privativa do Governo Federal, telefonia móvel em Brasília e telefonia fixa, em 26 estados – aconteceria em um momento quente nos bastidores de telecomunicações em Brasília. A possível nomeação de um ex-Oi apimenta os rumores, uma vez que haveria sido pedido pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho, um relatório da Anatel para saber da viabilidade de uma possível intervenção do governo na Oi, em função da situação econômica e um possível comprometimento operacional.

A situação é complexa e mexe com toda a cadeia produtiva de telecom. A Oi, em contrapartida, teria apresentado uma conta ao governo de R$ 53 bilhões, montante questionado pela Anatel e pelo Tribunal de Contas da União. Há muito por acontecer ainda nesse bastidor, que também envolve a V.tal, maior operadora de rede neutra e que tem a Oi como sócia. De prático, já começam as rodadas de arbitragem entre todas as partes envolvidas. Tudo ainda sem sinalização de acordo ou divergência, conforme o publicado pelo site Teletime. A Oi terá de apresentar, conforme o pedido aceito pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, o seu plano de recuperação judicial até o dia 17 de maio, uma vez que o prazo de 60 dias foi dado no aceite ao processo.

A Oi informou à época que o grupo tinha “aproximadamente R$ 29 bilhões apenas em dívidas financeiras, sendo que parcela substancial desse montante tem variação indexada a moedas estrangeiras (dólar norte americano e Euro)”. No total, o passivo concursal é de R$ 43,704 bilhões, sendo: (i) R$ 1.010.408.708,18, na Classe I; (ii) R$ 42.597.789.846,49, na Classe III e (iii) R$ 95.398.828,06, na Classe IV.

Fonte: Convergência Digital

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